O pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) teceu duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) por conta de sua
escala em Portugal, após sua participação no Fórum Econômico Mundial na Suíça.
O caso suscitou reclamações da sociedade em geral e ocupou grande espaço na
mídia.
Dilma estava dirigindo-se a
Cuba, após discursar em Davos, e pernoitou em Lisboa, onde ficou hospedada num
dos mais luxuosos hotéis de Lisboa e jantou, junto com toda a comitiva, num dos
restaurantes mais caros da capital portuguesa.
Quando a polêmica veio à tona,
o Palácio do Planalto divulgou nota dizendo que a parada em Portugal tinha
acontecido por conta da falta de autonomia do avião presidencial para a rota do
vôo para Havana. Dias depois, o governo português negou e afirmou que a estadia
de Dilma Rousseff já estava programada com antecedência.
Em meio a esse imbróglio, o
pastor Marco Feliciano publicou um artigo no jornal A Voz, em que condena “a
confusão” protagonizada pela presidente brasileira: “A justificativa infundada
de que a alteração na rota foi uma medida tomada de última hora porque a
aeronave não teria autonomia para voo direto entre a Suíça e Cuba nos causa
constrangimento”, escreveu o pastor.
No texto, Feliciano usa o caso
como ilustração para sintetizar a atuação da presidente à frente da nação:
“Ultimamente a assessoria da presidente Dilma Rousseff tem sido de uma
incompetência ímpar. Temos observado em suas viagens a lambança que sua
assessoria tem provocado, preparando um discurso diferente da realidade,
apresentando uma situação diferente daquela que toda comunidade internacional
tem conhecimento: uma crise sem precedentes, pelo menos nos últimos vinte anos,
desde a implantação do plano real, inflação descontrolada, dicotomia de
informações entre ela e o Ministro da Fazenda, bancos estatais usurpando
dinheiro de correntistas com a finalidade de fechar balanços positivos. Tudo
isso consequências de políticas equivocadas de gerenciamento do déficit
público”, criticou.
A contundência do artigo de
Feliciano se estendeu às questões que levaram a presidente a viajar à Cuba:
“Questiono a falta de transparência da presidente e seu discurso ‘faço e
aconteço’. Sua passagem por Cuba, por exemplo, para inauguração de um porto
financiado em grande parte pelo BNDS com recursos públicos e a disponibilização
de vultosos recursos para o governo cubano comprar mercadorias brasileiras,
beneficiam a quem? Essa é a questão”, observou o pastor.
O artigo do pastor ainda faz
críticas ao modelo e critérios do programa Mais Médicos para importar
profissionais de Cuba, que vêm ao Brasil trabalhar em condições desfavoráveis
em relação aos médicos de outras nacionalidades.
Em seu encerramento, Feliciano
demonstra preocupação com os rumos da sociedade como um todo: “Finalizo,
pedindo a Deus que ilumine os caminhos de todos nós, autoridades de todos os
Poderes, para que possamos deixar um mundo melhor para nossos filhos”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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