O anúncio do ex-governador
José Serra (PSDB-SP) de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas
próximas eleições fez com que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) voltasse a
considerar a chance de tentar uma vaga no Senado.
Essa era uma das questões que
o pastor aguardava para decidir se tentaria a reeleição à Câmara ou se buscaria
um cargo de senador. Feliciano considerava impossível derrotar três candidatos
de peso, como o senador Eduardo Suplicy (PT) que tentará a reeleição; e o
ex-prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD), virtual candidato ao Senado.
Com a decisão de Serra,
Feliciano agora corre para conquistar o apoio do governador Geraldo Alckmin
(PSDB) para sua candidatura ao Senado, de acordo com informações do jornalista
Lauro Jardim, da revista Veja.
O PSDB inclusive, teria
encomendado uma pesquisa para decidir o que fará em relação à pretensão de
Feliciano. Caso os índices de intenção de votos no pastor seja razoável, os
tucanos poderiam abraçar o projeto.
No entanto, Feliciano se
mantém cauteloso quanto ao assunto: “O Alckmin tem 40% das intenções de voto.
Bem assim, é difícil que me apóie. Nesse cenário, ele não iria querer encarar a
rejeição da comunidade LGBT, por exemplo. Mas o PSDB está fazendo pesquisas com
meu nome para o Senado, e o resultado também deverá ser determinante para
Alckmin me apoiar ou não”, declarou o pastor.
Polêmica
Enquanto decide seu futuro
político, o pastor deverá lidar com a revolta de um ex-assessor, demitido no
final do ano passado. Wellington de Oliveira afirmou ao jornal O Estado de S.
Paulo que procurará a Polícia Federal para mudar sua versão dos fatos relativos
ao vídeo
da “renuncia” do pastor à presidência da Comissão dos Direitos Humanos
e Minorias (CDHM).
O vídeo, divulgado no auge da
crise que o pastor atravessou em 2013, continha trechos polêmicos contra outros
parlamentares, e ironizava o pedido de renúncia de Feliciano do cargo na CDHM.
Diversos parlamentares,
incluindo Jean Wyllys (PSOL-RJ) se queixaram do material e acusaram Feliciano
de estar por trás da produção. À época, o ex-assessor negou que o pastor
tivesse ligação com a divulgação do vídeo.
“Vou procurar a Polícia
Federal e desmentir a história do vídeo”, diz Wellintgon. “Ele [pastor Marco
Feliciano] adorou, comprou a ideia e mandou realizar o vídeo, inclusive aprovou
por e-mail, só não queria assumir como nosso”, acrescentou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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