O crescimento dos evangélicos no
Brasil nas últimas décadas é confirmado pelo IBGE e pela crescente influência
desse segmento na sociedade. Os números oficiais do governo apontam para 42,3
milhões de adeptos em 2010. De acordo com o ministério Servindo aos Pastores e
Líderes (SEPAL) os evangélicos poderão ser mais da metade da população
brasileira em 2020.
Alguns jornais publicaram esta
semana uma análise do chamado “mercado gospel”, baseado em dados recentes
levantados pela Receita Federal. Segundo a publicação, diariamente as igrejas do Brasil arrecadam R$ 60 milhões, num total de R$21,5
bilhões por ano.
O Correio Brasiliense divulgou a
estimativa que sejam abertas 14 mil igrejas evangélicas no Brasil a cada ano.
Embora seja difícil fazer tal estimativa, pode-se facilmente afirmar que a
maioria são igrejas neopentecostais. Afinal, este é o movimento que mais cresce
no país, onde aproximadamente 60% dos evangélicos são de linha pentecostal. É
igualmente verdade que muitas igrejas não duram mais que alguns anos.
Estranhamente, o Correio não cita
a fonte do número publicado. A grande maioria dessas igrejas não é devidamente
registradas, com um CNPJ. Se considerarmos apenas as que fizeram o registro, em
2013 foram 4400. Ou seja, a média é de 12 igrejas novas por dia; uma a cada
duas horas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário,
que monitora a abertura de empresas de todos os tipos no país.
Existem outros números que
mostram a força dos evangélicos. A exemplo de outros países, hoje a música
gospel já conquistou seu espaço nas rádios seculares. O mesmo pode ser dito das
publicações. Antes limitados às livrarias evangélicas, hoje CDs, DVDs e livros
evangélicos são amplamente distribuídos nas grandes lojas e supermercados. Isso
sem mencionar o espaço conquistado em alguns canais de TV.
O Correio afirma que são pelo
menos 4,5 mil cantores e bandas gospel atuando no país. Existem cerca de 600
rádios registradas (fora as piratas) que tocam música gospel. Já são 157
gravadoras produzindo material e no mínimo 10 novos CDs do gênero são lançados
todo mês.
Um dos segredos do seu sucesso é
que seu material é menos suscetíveis à pirataria por conta dos princípios dos
fiéis. “É uma economia da fé que desconhece crises e vai de vento em popa”,
explica Luciana Mazza, que trabalha há mais de 10 anos somente no meio
evangélico.
As editoras cristãs já são 150 no
país, sendo 60 de grande porte. Em média são 3 mil novos títulos lançados
anualmente. “O desejo por um crescimento espiritual impulsiona a divulgação da
palavra de Deus, que, claro, envolve um grande mercado editorial”, ressalta
Reiner Lorenz, diretor executivo da Associação dos Editores Cristãos (Asec).
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