Um protesto organizado por
ativistas gays contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na última quinta-feira,
30 de janeiro, em Jaboatão dos Guararapes (PE), não conseguiu reunir o número
pretendido pelos organizadores e terminou com o ex-presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM) dizendo que está fortalecido para as
eleições.
Organizado pelo Facebook, à
moda dos rolezinhos em São Paulo, o “beijaço” contava com a confirmação de
presença de 281 pessoas, porém, de acordo com informações do blog do jornalista
Jamildo Melo, apenas 20 pessoas compareceram. “Dessas, só dois casais
promoveram o ‘beijaço’. Mas, apesar de poucos, o grupo chamou a atenção do
político”, relatou Melo.
O pastor, que foi convidado
para pregar na cidade da região metropolitana do Recife pelos irmãos André
Ferreira (vereador pelo PMDB) e Anderson Ferreira (deputado federal pelo mesmo
partido), respondeu aos manifestantes durante sua fala. “Vocês estão me fazendo
um bem tremendo, e eu fiquei ainda mais forte depois disso. Esse povo ajuda na
minha candidatura à presidência da República”, afirmou.
Para corroborar seu argumento,
o pastor compartilhou uma situação vivida por ele em Brasília: “Certa vez, um
representante do movimento LGBT foi ao Congresso e se disse impressionado em
como as críticas contra mim só me deixaram mais forte”, disse Feliciano.
Com tom de voz elevado, o
pastor pediu aos fiéis presentes no evento que homenageassem os ativistas gays:
“Vamos bater palmas para eles. Só peço que respeitem os que vieram aqui para
orar”.
Os representantes do grupo de
ativistas gays disseram que o protesto era um gesto simbólico contra as
propostas do pastor: “Nosso beijaço é um ato de repúdio às ideias
fundamentalistas do pastor Marco Feliciano. Estamos aqui para mostrar que o
País é livre e laico, que a homossexualidade é natural”, afirmou Cristiano
Vasconcelos, integrante da Juventude Popular Socialista.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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